O "sextou" do gerente de treinamentos Marcus Vieira começa mais cedo, às 13h. É que ele trabalha para uma indústria farmacêutica que adotou a política da "short friday", que reduz a jornada de trabalho às sextas e antecipa o início do fim de semana.
O sistema não possui regras para a aplicação. Assim, cada empresa pode estabelecer um horário diferente para a liberação dos funcionários.
"Aproveito para colocar as coisas em ordem, sabe? Resolver uma pendência, cortar o cabelo, fazer uma consulta, coisas assim", conta Marcus, que recompensa as horas não trabalhadas nos demais dias da semana.
Na tradução para o português, "short friday" significa "sexta-feira curta". A cultura acompanha outra tendência no mundo corporativo: a valorização do bem-estar profissional, é o que explica Victor Richarte, especialista em gestão de pessoas.
"Isso não tem a ver com gerações. É um movimento no qual se tem um posicionamento dos trabalhadores frente às realidades organizacionais".
Não é à toa que a procura por políticas mais flexíveis tem chamado tanta a atenção. Uma delas é a semana de quatro dias, que reduz a quantidade de dias trabalhados sem alterar o salário dos funcionários.
Esse benefício também não exige a compensação das horas não trabalhadas, como pode acontecer na "short friday".