Nesse movimento antecipatório dos políticos para as próximas eleições, até o empresariado peso-pesado mineiro está se articulando para ter candidato a governador ou a vice em 2026. O nome deles é o do presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe. O primeiro passo já foi dado.
Antes de completar o sétimo ano no cargo, Roscoe usou a força da máquina interna e alterou novamente o estatuto da federação, prorrogando seu mandato por mais um ano. Vai até dezembro de 2026, completando oito anos à frente da poderosa econômica e politicamente Fiemg.
Na quinta-feira, o Conselho de Representantes da entidade – formado por sindicatos industriais filiados à entidade – aprovou por 122 dos 135 associados a reforma. A medida retomou o mandato de quatro anos, revogando alteração anterior que havia reduzido o mandato para 3 anos. Fechou ainda algumas portas para a concorrência, ao barrar candidatos com 70 anos ou mais. Os argumentos apresentados foram de que era reivindicação do conselho fiscal e que a extensão de mandato permitiria a conclusão de projetos em andamento, além do alinhamento com outras entidades.
om novo estatuto, o mandato da atual diretoria, que se encerraria em dezembro de 2025, vai até 31 de dezembro de 2026. A estratégia prevê licença, em agosto de 26, para disputar as eleições de governador ou a vice. Caso não seja bem-sucedido, Roscoe voltaria ao cargo para fazer o sucessor.
Em sua participação no programa Conexão Empresarial ("Revista Viver Brasil"), no dia 12/11, o empresário admitiu a possibilidade de entrar para a política. "Hoje, não descarto", afirmou, adiantando que era hipótese, mas que nada havia de concreto.