Fabrício Bruno pode voltar para "casa" após cinco anos. Hoje com 28 anos, o zagueiro que pertence ao Flamengo está em negociação para retornar ao Cruzeiro, time pelo qual foi revelado em 2016. Ele deixou o clube depois de quatro temporadas após travar uma batalha judicial.
A disputa entre Fabrício Bruno e o Cruzeiro teve início em dezembro de 2019, logo após a confirmação do rebaixamento da Raposa à Segunda Divisão. À época, o defensor entrou na Justiça do Trabalho com um pedido de rescisão unilateral do contrato. O valor inicial da causa era de R$ 3,5 milhões, mas poderia superar R$ 4 milhões.
O jogador cobrava pagamentos atrasados de direitos de imagem de junho a novembro de 2019, além de FGTS, pendente desde maio, e os vencimentos totais até o fim do vínculo, que na ocasião iria até dezembro de 2021. Ele também incorporou ao processo multas, verbas rescisórias e parcela do 13º não paga.
Pouco antes de travar uma disputa na Justiça com o zagueiro, o Cruzeiro rejeitou uma investida do Celtic, da Escócia, de 3 milhões de euros (R$ 13,5 milhões, à época). A diretoria não quis conversar por tais valores, alegando que o atleta tinha potencial de render uma quantia bem maior aos cofres celestes.
Em janeiro de 2020, em meio ao imbróglio, o Cruzeiro havia encaminhado a venda do zagueiro para o Red Bull Bragantino. O clube paulista pagaria R$ 2,8 milhões à Raposa, que, por sua vez, repassaria R$ 800 mil ao jogador como pagamento de remunerações atrasadas. Em contrapartida, Fabrício retiraria a ação na Justiça.
Contudo, o Bragantino retirou a oferta de compra dos direitos econômicos do atleta no dia 9 de janeiro. A justificativa dada na oportunidade foi de que a matriz da Red Bull, sediada na Áustria, decidiu não participar de uma negociação que envolvia decisão jurídica.
Cinco dias depois, o Cruzeiro acertou a rescisão de contrato com Fabrício Bruno. Para ser liberado, o zagueiro se comprometeu a retirar a ação na Justiça contra o clube mineiro. Ele também abriu mão dos salários pendentes, além de efetuar aporte financeiro de R$ 500 mil nos cofres da Raposa como multa.
Na operação, o Cruzeiro ainda manteve 25% dos direitos econômicos para uma venda futura. Livre no mercado, ele foi seduzido por uma nova proposta do Bragantino dias depois.