Após se encontrar com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado Celso Vilar, que compõe a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), disse que pedirĂĄ a anulação da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Além disso, informou que pedirĂĄ novamente uma extensão no prazo da defesa. O relator do caso, Alexandre de Moraes, concedeu 15 dias para os argumentos dos advogados, mas a defesa do ex-presidente deseja 83 dias.
Isso porque a Procuradoria-Geral da RepĂșblica elaborou a denĂșncia, enviada ao STF, nesse tempo. Moraes jĂĄ negou a ampliação do prazo.
Antes da audiĂȘncia com Vilardi, Barroso disse que atende "as pessoas em geral, quem me pede, na medida do possĂvel, eu atendo".
Bolsonaro é acusado pelos seguintes crimes:
Na delação, o ex-ajudante de ordens colocou Bolsonaro e o ex-ministro da Defesa, Walter Braga Netto, como lĂderes da organização golpista.
Além disso, Cid revelou que o ex-presidente pediu a ajuda dele para forjar o próprio cartão de vacina e o da filha mais nova.
O ex-ajudante também falou sobre o caso das joias sauditas e a viagem que fez, a pedido de Bolsonaro, para vender os itens de luxo.
O caso da vacina e das joias não foi objeto da denĂșncia da PGR contra o ex-presidente, mas ele foi indiciado pela PolĂcia Federal (PF) nessas duas investigações.
A procuradoria planeja enviar denĂșncias "fatiadas", ou seja, não é descartado denunciar o polĂtico do PL em mais casos.
Após o envio da denĂșncia, caberĂĄ ao relator do caso avaliar se ela estĂĄ pronta para ser julgada e ouvir os argumentos dos 34 denunciados.
Caso decida que tudo estĂĄ em ordem, Moraes pautarĂĄ a anĂĄlise na Primeira Turma do Supremo, quando os ministros avaliarão se tornarão os denunciados em réus e se eles deverão responder um processo judicial.