Titular e um dos principais destaques da equipe sub-20 do Palmeiras, Luighi foi vítima de atos racistas na vitória sobre o Cerro Porteño, na última quinta-feira (6), no Paraguai, pela fase de grupos da Copa Libertadores da categoria.
Durante a partida, um torcedor adversário, segurando uma criança no colo, imitou um macaco em direção ao atacante, que deixava o gramado rumo ao banco de reservas. Além do gesto racista, o jogador do Palmeiras também foi alvo de uma cusparada.
— Não! É sério isso? Vocês não vão me perguntar sobre o ato de racismo que ocorreu comigo? É sério? Até quando vamos passar por isso? Me fala, até quando? O que fizeram comigo é crime, não vai perguntar sobre — questionou Luighi em entrevista após o término da partida.
Em nota, o Palmeiras repudiou os atos racistas e afirmou que irá "até as últimas instâncias" para que todos os envolvidos sejam devidamente punidos.
— Racismo é crime! E a impunidade é cúmplice dos covardes" As suas lágrimas, Luighi, são nossas! A família Palmeiras tem orgulho de você — diz trecho da nota.
— Dói na alma. E é a mesma dor que todos os pretos sentiram ao longo da história, porque as coisas evoluem, mas nunca são 100% resolvidas. O episódio de hoje deixa cicatrizes e precisa ser encarado como é de fato: crime. Até quando? É a pergunta que espero não ser necessária ser feita em algum momento. Por enquanto, seguimos lutando — publicou Luighi nas redes sociais.
Em contato com a reportagem do Lance!, a Conmebol, responsável por organizar a Libertadores sub-20, afirmou que os atos racistas sofridos por Luighi serão analisados.
— Com certeza o caso será estudado. Após os laudos, será levado à unidade disciplinar. Tudo é um processo. Mas, como sempre, o estatuto é claro. A Conmebol é sempre contra todo tipo de discriminação — explicou a entidade.