O Brasil acaba de alcançar um marco histórico nas exportações de carne bovina in natura. Entre janeiro e abril de 2025, o país exportou 828 mil toneladas, um aumento de 12,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados do Comex compilados pela Scot Consultoria.
Só em abril, foram embarcadas 242 mil toneladas, gerando uma receita de US$ 1,22 bilhão. O preço médio da tonelada atingiu US$ 5.030, o maior valor desde junho de 2023. Esse desempenho fez de abril o terceiro maior volume mensal já registrado e o quarto maior faturamento da história das exportações brasileiras de carne.
Um dos principais fatores que impulsionaram esse crescimento foi o aumento da demanda norte-americana. Em 2025, os Estados Unidos dobraram sua média de importações, passando de 15,4 mil para 30,1 mil toneladas mensais. Só em abril, o país comprou mais de 44 mil toneladas da carne brasileira, reflexo da redução do rebanho bovino local, que aumentou a dependência externa por proteína animal.
Apesar da forte demanda dos EUA, a China continua sendo o principal destino da carne bovina brasileira. No ranking dos maiores compradores, os Estados Unidos mantêm a segunda colocação, enquanto o Chile ascendeu para a terceira posição, ultrapassando os Emirados Árabes Unidos. Outros países como Argélia, Rússia e Arábia Saudita também figuram na lista dos principais importadores.
No cenário interno, o Mato Grosso lidera as exportações, seguido por São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul e Rondônia. Esses cinco estados concentram a maior parte da receita gerada com a venda internacional de carne bovina in natura.
O segundo semestre tende a ser ainda mais positivo para o setor, impulsionado pelo aumento da demanda global. Até a segunda semana de maio, o Brasil já havia exportado 67,2 mil toneladas, com uma média diária de 11,2 mil toneladas - 10,9% a mais que no mesmo período de 2024. Especialistas do setor apostam que 2025 será o melhor ano da história para as exportações de carne bovina do Brasil.
*Reportagem produzida com auxílio de IA