A cúpula do PT recebeu com discrição a decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de extinguir a pena imposta ao ex-ministro José Dirceu pela Justiça Federal de Curitiba, no âmbito da Operação Lava-Jato, por corrupção passiva. Pessoalmente, o ex-titular da Casa Civil recebeu, nesta quarta-feira, muitas mensagens de apoio, mas foram poucas as declarações oficiais de dirigentes do partido. A prudência é porque ainda há uma condenação, também decorrente da força-tarefa, objeto de recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e que impede Dirceu de recuperar os direitos políticos.
A cúpula do PT recebeu com discrição a decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de extinguir a pena imposta ao ex-ministro José Dirceu pela Justiça Federal de Curitiba, no âmbito da Operação Lava-Jato, por corrupção passiva. Pessoalmente, o ex-titular da Casa Civil recebeu, nesta quarta-feira, muitas mensagens de apoio, mas foram poucas as declarações oficiais de dirigentes do partido. A prudência é porque ainda há uma condenação, também decorrente da força-tarefa, objeto de recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e que impede Dirceu de recuperar os direitos políticos
A presidente do partido, deputada Gleisi Hoffmann (PR), fez apenas uma postagem em suas redes sociais. Ela parabenizou o colega de sigla pela vitória, "que contempla sua luta em defesa da verdade e da Justiça". Ao mesmo tempo, reforçou os ataques à operação da Justiça Federal em Curitiba, comandada pelo então juiz Sergio Moro, atualmente senador pelo União-PR. Segundo a parlamentar, a Corte "deu fim a uma grande injustiça, encerrando a condenação que havia sido imposta a José Dirceu pela farsa da Lava-Jato".
Expôr as práticas da força-tarefa a críticas cada vez mais fortes tem sido recorrente entre as lideranças petistas desde o vazamento dos áudios em que o então juiz Moro é flagrado combinando com membros do Ministério Público estratégias da operação que investigou denúncias de corrupção na Petrobras. Com base nessas revelações, investigadas pela Operação Spoofing, as sentenças e decisões decorrentes dos julgamentos da força-tarefa de Curitiba estão sendo anuladas pelo STF.
"Moro teve o que nunca permitiu a Lula, o direito de defesa e o devido processo legal. E a decisão de ontem (terça-feira) não anula seus crimes na Lava-Jato", declarou Gleisi. Ela não quer que o papel de Moro na República de Curitiba seja esquecido, já prevendo futuros embates eleitorais.