Um mês após o reajuste do preço da gasolina anunciado pela Petrobras, o valor médio do combustível aumentou R$ 0,38 em Belo Horizonte e região. A alta é mais do que o dobro do que a estatal previu ao anunciar o aumento — em julho, ela estimou que o consumidor pagaria R$ 0,15 mais caro pela gasolina. Em BH e região, ela passou de R$ 6 para R$ 6,38, variação de 6,3%.
Os dados foram divulgados pelo site de pesquisa Mercado Mineiro nesta segunda-feira (19/08) e consideram 203 postos. Além do preço médio, a pesquisa também registrou que, em algumas das principais avenidas da cidade, o valor cobrado pelos postos é igual na maioria deles. O menor encontrado foi R$ 5,99, e o maior, R$ 6,79.
O preço médio detectado pelo Mercado Mineiro é igual ao encontrado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que avalia menos postos na capital. O preço médio do Estado, segundo a agência, é mais baixo: R$ 6,20. "O que deixa o consumidor ainda mais indignado é que, no interior de Minas, cidades que tinham tradicionalmente a gasolina mais cara estão bem mais baratas do que BH", pontua o administrador do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu.
No mesmo período, o preço do etanol aumentou 7,8% e saltou de R$ 4,18 para R$ 4,51. Hoje, o valor do álcool equivale a 71% do preço da gasolina e gira ao redor do limite do que compensa para o motorista. Em diferentes postos, a opção pode ser encontrada de R$ 4,12 a R$ 4,79.