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Agro

Produção de grãos deve bater recorde nesta safra, até com seca; alimentos ficarão mais baratos?


Este é um ano de prejuízos bilionários para a agropecuária no Brasil, afetada pela seca em parte do país e as enchentes no Sul. Por outro lado, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) acaba de divulgar a estimativa de produção de grãos na atual safra com um dado que vai na contramão disso: um aumento recorde de 8,3%. Com tantas notícias sobre perdas no campo, como isso é possível e o que significa para o dia a dia dos brasileiros?

Em primeiro lugar, é importante entender o período que compreende o ano-safra dos grãos. Ele não segue o calendário habitual de um ano, e sim o período que vai de agosto de um ano a setembro do seguinte. Os eventos climáticos extremos que atingiram o Sul do país no começo de 2024 e os incêndios que varreram o Brasil não tiveram um impacto significativo na safra atual, explica o gerente de acompanhamento da área da Conab, Fabiano Vasconcellos.

"Quase não havia grãos cultivados na durante as queimadas, porque é uma época seca. Os produtores estão preparando a safra para 2024 e 2025", introduz. A Conab chega aos dados estimados levando em conta não apenas o clima, mas uma série de informações subjetivas que, em alguns casos, são repassadas pelos próprios agricultores.

A projeção atual projeta que o agronegócio produzirá 322,47 milhões de toneladas de grãos como arroz, soja e milho na safra 2024/2025, um acréscimo de 24,5 milhões de toneladas em comparação à anterior. Um dos destaques desse impulso é o arroz, cuja área de plantio em todo o Brasil aumentou 9,9% em relação ao ciclo passado. Em Minas Gerais, a alta ultrapassa a média nacional e chega a 25,1%.

Ao longo da safra, tudo pode mudar, alerta a analista de agronegócio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Sistema Faemg Senar) Mariana Marotta. "É uma estimativa, uma perspectiva. O que define como as culturas se comportarão? Primeiro, o clima. Hoje, temos algumas regiões que iniciaram o plantio de milho, mas, em Minas, não, porque em alguns pontos estamos há mais de 180 dias sem chuvas", diz. Soluções técnicas no campo, como a irrigação artificial, ajudam a driblar os efeitos dos eventos climáticos extremos, contudo não as resolvem inteiramente.


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