O candidato a prefeito de Capitólio nas eleições de outubro de 2024 José Eduardo Terra Vallory, também entrou com uma ação de investigação judicial eleitoral contra o prefeito reeleito Cristiano Geraldo da Silva e o vice-prefeito eleito, Jaime Leonel, alegando que houve abuso de poder político e econômico pelos eleitos e que Cristiano utilizou de estratégias ilícitas para desequilibrar a disputa, vencendo a eleição com uma pequena diferença de 189 votos e pede a cassação do diploma ou registro e que fiquem 8 anos inelegíveis.
De acordo com a ação, "cristiano utilizou, de maneira abusiva, da estrutura da prefeitura para se beneficiar politicamente, oferecendo oportunidades de emprego, sem a existência formal de vagas. na ação, são citados nove cargos, para os quais foram contratados 88 servidores sem previsão legal.
Aumentou o número de funcionários contratados, na prefeitura. segundo a representação, "em janeiro de 2024, o número de servidores temporários era de 264 contratados, ao custo de r$ 500 mil, 801 reais. no mês de agosto deste ano, o número de servidores contratados chegou a 329 e o custo mensal subiu para r$ 845 mil, 614 reais. um aumento de 24%, em relação à quantidade de servidores contratados, e de 68%, em relação ao custo mensal.
Zé Eduardo alega que Cristiano fez propaganda irregular, nas redes sociais, "comprometendo o equilíbrio da eleição". segundo a ação, Cristiano se valeu do uso das redes sociais para divulgar o início de obras de criação de conjunto habitacional, medida vedada pela legislação eleitoral. também, que o secretário de turismo do município, Cristiano Ventura, "fez publicações nas redes sociais de atos da administração às vésperas da eleição, no dia 3 de outubro, para reabertura de ponto turístico denominado cascatinha, área que estava interditada desde 2022 e que era reivindicada a reabertura pela população.
houve a evidente inauguração da obra de asfaltamento na comunidade de macaúbas e da utilização do equipamento de tratamento de água, na comunidade vila santa clara, no período eleitoral.
O candidato Zé Eduardo também questiona a distribuição de valores em meio à eleição. ele narra que durante discussão, na câmara de vereadores, no dia 21 de agosto, do projeto relacionado à lei aldir blanc, para fomento à atividade cultural, "um grupo de artistas locais participou da reunião e questionou a forma de divisão do valor de r$ 100 mil. e que o vereador reeleito, Cláudio Sebastião de Oliveira, recebeu, durante a reunião, uma mensagem do prefeito Cristiano, propondo uma nova divisão dos recursos aos artistas, ficando demonstrada uma negociata em período eleitoral. também que o prefeito Cristiano, no dia seguinte à reunião, recebeu parte do grupo de artistas em seu gabinete e publicou, nas redes sociais, o encontro, segundo Zé Eduardo, de forma indevida.
Tais condutas, além de gravíssimas, por atentarem contra a liberdade de votos dos eleitores, consiste em proveito eleitoral para os investigados, quebra a igualdade de oportunidades no pleito eleitoral, razão pela qual não constituem atos insignificantes, mas, sim, conduta grave e reprovável na seara eleitoral. Zé Eduardo destaca que Cristiano e Jaime usufruíram de prerrogativa exclusivamente concedida a eles, especialmente no caso do candidato à reeleição, para deturpar, por completo, a utilização da estrutura, tanto material, quanto imaterial da prefeitura municipal de Capitólio".
O Jornal da Onda, da Rádio Onda Oeste Fm de Piumhi publicou esta matéria no dia de hoje 07 de novembro e entrou em contato com o investigado Cristiano Geraldo da Silva que envio uma nota a emissora:
"que não têm ciência da ação e que têm total tranquilidade quanto à disputa eleitoral. eles disseram lamentar por seus adversários não aceitarem a vontade popular".
Lembrando que Cristiano Geraldo também responde por outras 11 irregularidades apresentadas pelo seu opositor Antônio Carlos de Melo (Massareco), onde o processo corre na 220ª Zona Eleitoral de Piumhi sendo investigado até o presente momento.