O aumento dos preços da cesta básica em março foi impulsionado principalmente pelo café, tomate e leite integral. Estes itens apresentaram elevação em todas as capitais analisadas, impactando diretamente no orçamento das famílias.
Em contrapartida, a carne bovina de primeira registrou queda em 15 capitais, mantendo-se estável apenas em João Pessoa e Recife.
Diversos fatores contribuíram para essa variação nos preços, incluindo eventos climáticos que afetam a produção agrícola e a desvalorização cambial, que incentiva a exportação e encarece a importação de insumos.
Além disso, o aumento da demanda interna, mesmo em um cenário de recuperação econômica lenta, e os custos de produção mais altos também influenciam os preços dos alimentos.
São Paulo se destaca como a capital com a cesta básica mais cara, atingindo R$ 880,72. Rio de Janeiro, Florianópolis e Porto Alegre também apresentam custos elevados, superando os R$ 790,00.
Em contrapartida, capitais do Norte e Nordeste, como Aracaju, João Pessoa, Recife e Salvador, registram os menores custos médios, variando entre R$ 569,48 e R$ 633,58.
Com base no custo da cesta básica em São Paulo, o Dieese estima que o salário mínimo necessário para cobrir as despesas básicas deveria ser de R$ 7.398,94, valor 4,87 vezes maior que o salário mínimo vigente.
Essa disparidade entre o custo de vida e o salário mínimo vigente demonstra a urgência de ajustes para garantir condições de vida dignas aos trabalhadores, especialmente em um cenário onde o governo de Lula parece mais preocupado em aumentar gastos públicos do que em promover um ambiente de negócios favorável à geração de empregos e renda.
É fundamental monitorar continuamente os preços dos alimentos para compreender as dinâmicas econômicas que afetam o custo de vida nas capitais brasileiras e para a formulação de políticas públicas eficazes.
*Reportagem produzida com auxílio de IA